quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O Bom, o Mau e o Feio (1966)



Sinopse:  




Três homens Blondie (Clint Eastwood), Tuco (Eli Wallach) e Sentenza (Lee Van Cleef) estão atrás de um tesouro escondido em um cemitério. Cada um deles conhece apenas uma parte da sua localização, o que faz com que eles tenham que se "unir". O problema é que nenhum deles está disposto a dividir o que encontrarem




Crítica




Antes de qualquer coisa, queria explicar que coloquei o nome deste filme na tradução literal do nome original, e não o nome dele em português (Três homens em conflito) por que acho este nome muito clichê e incompatível com a magnitude deste filme. 


Este filme, encerra a famosa trilogia dos dólares, feita por Sergio Leone, expoente máximo do spaghetti western, os filmes de faroeste produzidos na Itália.Foi a série que deixou Clint Eastwood famoso por interpretar em filmes do gênero.É simplesmente um dos filmes mais bem montados que existe.A aparição dos personagens, como cada um representa sua característica quando o filme os apresenta, os momentos cômicos, a trilha sonora, tudo tem seu lugar e seu tempo certo.Alias a trilha sonora não poderia estar ruim com um carinha chamado Ennio Morricone produzindo.Cenas epicas do cinema neste filme como a procura de Tuco pelo túmulo no cemitério ao som de 'Ecstasy of Gold', o trielo, todas essas cenas são criadas com uma verdadeira tensão deixada pela trilha sonora.Enfim, clássico do gênero(mais do que isso,talvez o maior filme do gênero), e um rapaz chamado Quentin Taratino não poderia estar errado quando falou que este é ''o filme mais bem dirigido de todos os tempos''.






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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Cães de Aluguel (1992)




Sinopse:


Uma gangue de ladrões, fugindo de um assalto bem-sucedido, encontra-se em um armazém. O problema é que a polícia está atrás deles, e cada um começa então a desconfiar que possa haver um traidor no grupo. O filme tem uma montagem que mostra as cenas no armazém intercalando-se com flashbacks da preparação para o crime, até um final surpreendente.



Crítica




Durante os anos 90 foram lançados pouco filmes criativos.Eram de se contar com os dedos.Um ex-balconista de uma locadora de filmes tinha um roteiro e então com este filme conseguiu se lançar para o grande mercado e se tornar um dos maiores diretores do cinema.Foi assim que Quentin Tarantino o fez com Cães de Aluguel. 


Vendo o filme tendo visto depois de ter visto seus outros filmes parece fácil dizer, mas com este filme ele mostrou ao publico para onde ia e qual era o seu estilo.Vou repetir o que fiz no post de Pulp Fiction, mas não tem como não comentar as características deste diretor. Diálogos extensos sobre questões banais( e recheados de muito palavrão) como a cena inicial de um café-da-manhã discutindo teorias sobre ''Like a Virgin'' de Madonna e a explicação de Mr. Pink de não dar gorjetas.Cenas em que a câmera esta longe dos atores como a discussão de Mr. White e Mr. Pink no galpão e a visita de Mr. Blonde a Joe. O roteiro escrito de forma não-linear que permite o filme não ter ator principal.A violência exacerbada( não gratuita) vista de uma forma ate cômica, como a cena do Mr. Blonde com o policial ao som de ''Stuck In The Middle With You''.Enfim, todas as ferramentas de um bom filme, aliadas a uma boa direção.




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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O Poderoso Chefão (1972)



Sinopse: 




Em 1945, Don Corleone (Marlon Brando) é o chefe de uma mafiosa família italiana de Nova York. Ele costuma apadrinhar várias pessoas, realizando importantes favores para elas, em troca de favores futuros. Com a chegada das drogas, as famílias começam uma disputa pelo promissor mercado. Quando Corleone se recusa a facilitar a entrada dos narcóticos na cidade, não oferecendo ajuda política e policial, sua família começa a sofrer atentados para que mudem de posição. É nessa complicada época que Michael (Al Pacino), um herói de guerra nunca envolvido nos negócios da família, vê a necessidade de proteger o seu pai e tudo o que ele construiu ao longo dos anos.




Crítica:


Antes de falar sobre este filme queria fazer um breve comentário, que pode a critério de vocês comprometer a visão sobre este filme ou não.Este filme é o meu favorito disparado, não tendo outro filme que sequer chegue aos seus pés.Portanto, posso exagerar um pouco, mas prometo que vou ser o mais imparcial possível.Fazia um tempo que não assistia a este filme, e quando o Globo News lançou uma propaganda de um programa que iria fazer com ele, me deu logo aquela vontade de ver.A propaganda tinha como musica de fundo o tema de O Poderoso Chefão, e ficava ouvindo varias e varias vezes, ate que domingo sentei e fui ver TV e lá estava o programa sobre ele, e logo em uma cena deste filme.Então pensei, preciso ver este filme amanhã, e como combinado o assisti. 


O filme é simplesmente um marco no cinema.Um filme que traz em si todos os sentimentos.Há espaço para drama, comédia, ação.Não digo isto por que gosto demais do filme, mas existem cenas do filme que simplesmente choro.Cenas como as da felicidade nos rostos da festa do casamento de Connie, como a que Al Pacino vai ao hospital ver o seu pai e Marlon Brando chora. 


Quando digo que ele é um marco no cinema não seria exagero dizer isto.O filme teve 9 indicações ao Oscar, tendo ganho três, os de melhor filme, melhor ator (Marlon Brando) e melhor roteiro adaptado (Mario Puzo e Francis Ford Coppola).Possui um elenco invejável contando com Marlon Brando, Al Pacino, Robert Duvall e James Caan.A fotografia então nem se fala.Nova Iorque pós-2a guerra e as imagens da Sicília estão impecáveis. 


Roteiro perfeito, elenco invejável, fotografia impecável, o que se pode esperar mais?




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sábado, 11 de dezembro de 2010

Pulp Fiction (1994)



Sinopse:  



Dois assassinos profissionais (Samuel L. Jackson) e John Travolta) devem fazer cobrança para um gângster.Um deles(John Travolta) é forçado a sair com a garota(Uma Thurman) do chefe, temendo passar dos limites.
Enquanto isso, boxeador(Bruce Willis) se mete em confusão por ganhar luta que deveria perder.



Crítica


Foi um prazer rever o melhor filme do meu diretor preferido.Pulp Fiction é o tipo do filme que eu assisto varias vezes sem cansar.A cada vez que voce ve o filme, nao so a historia vai sendo melhor compreendida, mas os detalhes do filme também. 


Tarantino teve como intenção na sua melhor obra contar tres historias, de forma não-linear(característico do seu estilo) e que todas as três se interligassem.A cena que começa o filme também termina o filme(desculpem).Mas o que mais impressiona nos seus filmes, e acho que nesse e em Cães de Aluguel estão mais latentes, são os diálogos e a violência excessiva..Extensos, inconclusivos , os dialogos dos seus filmes sao sempre sobre coisas futeis e teorias sem sentido.E a violência nos seus filmes é meio que tratada de forma diferente, nãé aquela violência dos filmes de ação já conhecida.Tarantino utiliza tanta violencia nos filmes que se torna banal, mas sem se tornar gratuita, sem propósito.Como o próprio diretor falou uma vez, existe alguma coisa mais legal que violência?  


Tendo todos os elementos de Tarantino nas suas melhores formas combinado com um elenco de dar inveja, Pulp Fiction veio para ser um dos maiores filmes da geração moderna e por que não da historia da filmografia mundial.A homenagem que Tarantino faz à cultura pop,  literatura pulp, está impressionante.Bom,aqui vai um curta-metragem nacional(ao estilo Tarantino) estrelado por Selton Mello e Seu Jorge que fala sobre o Codigo Tarantino, muito legal de ver: 

http://www.youtube.com/watch?v=op4byt-DtsI





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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

2001: Uma Odisséia no Espaço (1968)


Sinopse: 

Desde a "Aurora do Homem" (a pré-história), um misterioso monolito negro parece emitir sinais de outra civilização interferindo no nosso planeta. Quatro milhões de anos depois, no século XXI, uma equipe de astronautas liderados pelo experiente David Bowman (Keir Dullea) e Frank Poole (Gary Lockwood) é enviada à Júpiter para investigar o enigmático monolito na nave Discovery, totalmente controlada pelo computador HAL 9000. Entretanto, no meio da viagem HAL entra em pane e tenta assumir o controle da nave, eliminando um a um os tripulantes.



Crítica:




Fazia tempo que não via um filme como esse.Unindo ficção científica, musica clássica de fundo, abordagem filosófica do destino do homem,  2001 consegue ser a obra-prima deste diretor, de longe.Ao longo do filme alguns podem achar chato, mas fazendo uma analise mais profunda vemos que nada que foi colocado ali foi em vão, tem algum sentido.A longa introdução com apenas musica clássica( que por sinal com Strauss esta perfeito), a cena do duelo entre Hal e David mostrando o pequeno contra o grande, as cenas que abordam o interior da nave, tudo ali tem um propósito.


Depois da Aurora do Homem, o filme é imediatamente levado ao ano 2001, onde cientistas estão numa missão para descobrir mais sobre o monolito negro.Impressionante é como 
o filme trata a relação maquina versus homem.Para o filme, o homem vai chegar em um estado em que a máquina criada por ele vai domina-lo,e mais além disso, vai ter sentimentos.É exatamente o que está retratado no duelo que David trata com Hal.Mas o filme trata de mais outros assuntos.Como a criação do homem, comparada a criação do universo.Bem, não queria tirar a surpresa do final e contar um pouco do significado dele(que por sinal possui varias interpretações), por isso que deixo para vocês assisti-lo.





Assim como O Iluminado,vou colocar algumas curiosidades sobre o filme: 


-O nome do computador HAL parece ser uma referência indirecta à IBM, gigante do ramo de computação. Cada letra de HAL é exactamente uma anterior, em relação ao alfabeto, às letras de IBM. No livro Odisseia II, no entanto, Clark coloca nas palavras do personagem Chandra que HAL significa Heurístico ALgorítmo.
-Stanley Kubrick e Arthur C. Clarke desenvolveram simultaneamente a história de 2001 - Uma Odisseia no Espaço. Enquanto Kubrick trabalhava em cima do roteiro, Clarke escrevia o livro, com ambos trocando idéias e opiniões durante o trabalho. Era inclusive intenção de Clarke, ao lançar o livro, colocar Stanley Kubrick como co-autor da história, mas o director não autorizou a utilização de seu nome.
-Douglas Rain, intérprete da voz do computador HAL, não chegou a ir aos sets de filmagem um único dia sequer.

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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Eraserhead (1976)



Sinopse: 




Henry Spencer (Jack Nance) mora em uma cidade industrial, cinza.Lá, ele tenta viver com sua namorada histérica e seu filho, um nascituro mutante.




Crítica:


Primeiro filme que vejo deste diretor,e devo dizer, sombrio, depressivo, intenso.Filmado em preto-e-branco, o filme é simplesmente surreal, trazendo coisas do mundo dos sonhos em fatos reais.Este foi o primeiro longa-metragem de Lynch, e segundo outras opiniões, seu cartão de visita, mostrando como seriam bizarros. 


O filme consegue trazer uma miscelânea de emoções, como horror,agonia e até humor.Dentro da linha do decorrer do filme, aparecem cenas de verdadeira perturbação, (como as cenas do inicio e fim,verdadeiras incógnitas) como as cenas do bebê.Há também um certo fundo de verdade, pois o filme retrata o mundo obscuro das cidades industriais e pessoas que vivem daquele modo, sem nenhum tipo de divertimento, tendo relacionamentos frios.


Existem pessoas que digam que este filme é a própria vida de Lynch, devido a sua impotência diante de um filho, os pesadelos, a vida na indústria das grandes cidades.Filme muito indigesto, mas para quem é fã do gênero é filme obrigatório.



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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Taxi Driver (1976)




Sinopse:


Travis Bickle (Robert De Niro) é um ex-fuzileiro naval que sofre de insônia,e portanto procura trabalhar como taxista no turno da noite.Travis passa seu tempo livre andando pela periferia de Nova York e assisstindo filmes adultos em cinemas imundos.Enquanto isso,Travis tenta se envolver com uma garota que trabalha no comitê de campanha que se identifica com ele,mas logo o abandona por ele a ter levado para assistirum filme pornô.Então aparece Iris(Jodie Foster), uma prostituta de 12 anos de idade, que Travis fica obecado em salvá-la,mas ela não demonstra interesse, e diz que seu cafetão, Sport(Harvey Keitel), é um bom homem.Travis então fica com idéias psicopatas na cabeça,e tenta de alguma forma executar um assassinato. 




Crítica


Mais um sucesso da parceria Scorsese-De Niro,e por que não Scorsese-De Niro-Keitel.Aliás, este foi o filme que alavancou a carreira de De Niro e Jodie Foster, que foi indicada ao Oscar de coadjuvante com apenas 14 anos. Na filmografia americana, é um considerado como um dos maiores filmes já feitos.


O filme é quase um ode á solidão.Travis tem um grupo de amigos taxistas que se reúnem, mas não são seus amigos.Apenas pessoas vem e vão no seu táxi.Travis então começa a enlouquecer com a pobreza moral das ruas.No seu táxi recebe prostitutas, assassinos, cafetões, travestis, e todo tipo de escória da sociedade.É ai então que ele começa a se sentir mal, inclusive fisicamente.Ele tenta se relacionar com uma garota que considera também ser uma boa pessoa no meio de toda aquela sujeira, mas ela se afasta quando ele a chama para assistir um filme adulto.E ai reside uma grande critica, como se assistir um filme adulto fosse mais ofensivo do que o trabalho que ela fazia, trabalhar em um comitê de campanha de um político sem moral, que quer realizar uma verdadeira lavagem nas ruas.


Portanto, Travis se torna um dos personagens mais famosos e intrigantes do cinema, uma espécie de Macunaima, o anti-herói que tenta salvar a jovem prostituta.Boa pedida para quem quer ver um bom filme da dupla tão consagrada Scorsese-De Niro.




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